Um conto judeu sobre o amor

 Uma vez um judeu rico e religioso, mas avarento, foi visitado por um rabi. O visitante, com todas as atenções, levou-o à janela. “Olhe lá para fora”, disse ele. O rico olhou para a rua. “Que vê?”, perguntou o rabi. “Vejo homens, mulheres e crianças”, respondeu o rico. De novo e muito atenciosamente, o rabi levou-o até junto dum espelho. “Amigo, o que vê agora?” “Agora vejo a mim mesmo”, respondeu o rico. “Tome nota”, disse o rabi, “na janela há vidro e no espelho vidro há também, mas o vidro do espelho é prateado”. Uma lição se tira disso tudo: logo que o homem junta prata, ele deixa de ver os outros para só ver a si mesmo.


Esse é um conto judeu muito antigo, mas que pode traduzir a realidade de muitas pessoas atualmente, que se fecham diante das necessidades de seus semelhantes. Esse problema vem é antigo; os homens pios e sábios judeus sempre  advertiram da seguinte forma: “Se possuirmos riquezas neste mundo e vê o seu semelhante passando necessidade, e mesmo com tanto dinheiro e riqueza fecha o seu coração diante de seu semelhante necessitado, como pode estar nele o amor de D'us?”. Uma camada de prata pode nos levar ao fechamento, tornando-nos individualistas, distante de D'us, das pessoas e de nós mesmos.


Aos meus amados filhos que os amo incondicionalmente e a minha neta que me fez conhecer um novo tipo de amor, aos meus familiares e aos meus amados amigos que são poucos porém verdadeiros, aos meus talmidyim que foram escolhidos pelo dedo de Hashem. A todos vocês SHAVUA TOV UMEVORACH LEKULAM. 


Rabino Itzhak Levy Cohen

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Os níveis das neshamot e seus significados reais dentro da língua hebraica

Tzélem (Imagem) e Demút (Semelhança). A incorporeidade de D’us e a polivalência do termo Imagem (Guia dos perplexos de Maimônides) pelo rabino Itzhak Levy Cohen

Daniel 9:24 a 27 Pelo Rabino Itzhak Cohen.