O Verdadeiro Jesus 2 parte.



O Natal

A maior parte das denominações Cristãs afirma que Jesus nasceu a 25 de Dezembro. Originalmente, os Cristãos orientais acreditavam que ele tinha nascido a 6 de Janeiro. Os Cristãos armênios ainda seguem esta primitiva crença enquanto que muitos Cristãos consideram que essa é a data da visita dos Magos. Nós sabemos que muitos dos relatos a respeito de Yeshu foram adaptações ou Yeshu foi provavelmente confundido com Tammuz, nascido da virgem Myrrha. Sabe-se que nos templos romanos os deuses Tammuz, Aion e Osíris eram identificados por certas particularidades por exemplo: “dizia-se que Osíris-Aion tinha nascido da virgem Geb a 6 de Janeiro, e isto explica a data primitiva para o Natal. Geb era, às vezes, representada como uma vaca sagrada e o seu templo era um estábulo, que é provavelmente a origem da crença Cristã de que Jesus nasceu num estábulo”. È claro que estou colocando uma analogia do nascimento do Jesus bíblico e não de Yeshu. Outro fator intrigante do nascimento do Jesus bíblico e a data de 25 de Dezembro para o Natal atual era originalmente a data pagã do aniversário do deus sol, Mitras, cujo dia da semana é ainda conhecido como o dia do sol que era chamado de domingo, “talvez seja por este motivo que a igreja católica mudou o dia sagrado do sábado para o domingo”. O halo de luz que é usualmente mostrado à volta da face das imagens católicas de Jesus e dos santos desta igreja é outro conceito tirado do deus sol. Em face de tantas coincidência da história do Jesus bíblico com as histórias de deuses pagãos, outro tema é a da tentação de Jesus por Satã, em particular, parece-se com a tentação de Osíris pelo deus diabólico Set na mitologia egípcia. Mas quanto o nascimento verdadeiro de Yeshu, teríamos de avaliar algumas circunstâncias históricas, e isso teremos de recorrer as escrituras. Por exemplo o evangelho de S. Mateus no capítulo 2:2 relata que os magos que na verdade eram astrólogos da babilônia, único local que se sabia da existência de um messias judeu como também um dos maiores centros de astrologia e astronomia da época, relatam uma determinada estrela do oriente, na verdade está estrela seria o planeta Jupter na constelação de Áries, o que seria isto Jupter representa o nascimento de um rei e áries a representação de Israel, só que tal estrela apareceu no dia 17 de abril de 150 A.E.C que no calendário judaico seria 14 de nissam de 3.610 data exata do nascimento de Yeshu Ha Notzri, homem de origem real da descendência de David, e justamente no período real do recenseamento do governo de Quentiro e não Quirino como o evangelho de S. Lucas fala em 2:2 o dia 14 de Nissam realmente teria algum significado par tal nascimento caso ele fosse o Mashiach, por exemplo: 25 de dezembro seria o mês de Kislev no calendário judaico e é totalmente inverno e não teria possibilidade nenhuma de haver pastores cuidando de suas ovelhas no campo ao contrário de Nissam que é o mês da primavera onde os pastores levam pois levam até hoje na terra de Israel, para pastorear e cruzarem. Alem do mais o dia 14 de Nissam é Erev Pessach(véspera da páscoa judaica). 



Quanto a Crucificação!
Num dos primeiros documentos Cristãos (os "Ensinamento dos Doze Apóstolos"), não há menção do Jesus bíblico ter sido crucificado. O fator que contribuiu para a história da crucificação é, outra vez, a mitologia pagã. O tema de uma divindade ou semi-divindade sendo sacrificada contra uma árvore, poste ou cruz, e depois ressuscitando, é muito comum na mitologia pagã. Foi encontrado nas mitologias de todas as civilizações ocidentais, estendendo-se desde um extremo oeste como a Irlanda até um extremo este como a Índia. Em particular, é encontrado nas mitologias de Osíris e Attis, ambos os quais eram muitas vezes identificados com Tammuz. Osíris acabou com os seus braços esticados numa árvore tal como o Jesus bíblico na cruz. Esta árvore era, às vezes, mostrada como um poste com dois braços esticados – o mesmo aspecto da cruz Cristã. Na adoração de Serapis (uma composição de Osíris e Apis), a cruz era um símbolo religioso. De fato, o símbolo da "cruz Latina" Cristã parece ser baseado diretamente no símbolo da cruz de Osíris e Serapis. Os Romanos nunca usaram esta cruz tradicional Cristã para as crucificações, eles usavam cruzes com a forma de um X ou de um T. O hieróglifo de uma cruz numa colina era associada a Osíris. Este hieróglifo representava o "Good One", em Grego "Chrestos", um nome aplicado a Osíris e outros deuses pagãos. A confusão deste nome com "Christos" (= Messias, Cristo) reforçou a confusão entre Jesus bíblico e os deuses pagãos. No equinócio da Primavera, os pagãos do norte de Israel celebravam a morte e ressurreição de Tammuz-Osíris, nascido de uma virgem. Na Ásia Menor (onde as primeiras igrejas Cristãs se estabeleceram), uma celebração similar era feita para Attis, também nascido de uma virgem. Attis era mostrado como morrendo contra uma árvore, sendo enterrado numa gruta e depois ressuscitando ao terceiro dia. Na adoração de Baal, acreditava-se que Baal tinha enganado Mavet (o deus da morte) no equinócio da Primavera. Ele fez-se passar por morto e depois apareceu vivo. Ele teve sucesso neste ardil dando o seu único filho como sacrifício. 

A ultima ceia
No Judaísmo, o matza não é usado para representar o corpo de um deus, mas o pão de homem pobre que os nossos antepassados comeram antes de sair do Egito. Nós Judeus contamos como o mal'ach ha-mavet (o anjo da morte) matou os filhos varões dos Egípcios. O ovo no sêder representa o renascimento do povo Judeu ao escapar do cativeiro no Egito. Quando os primeiros Cristãos se deram conta dos símbolos judaicos da ultima ceia eles deram a volta completa e converteram os costumes do sêder de Pessach para suas interpretações católicas. O sêder tornou-se a última ceia de Jesus, similar à última ceia de Osíris, comemorada no equinócio da Primavera. O matza e o vinho tornaram-se no corpo e sangue de Jesus. Os ovos da Páscoa são comidos para comemorar a ressurreição de um "deus" e também o "renascimento" obtido pela aceitação do seu sacrifício na cruz. Na história Cristã, Jesus está presente com doze apóstolos. 

De onde é que a história dos doze apóstolos veio? 
Parece que na primeira versão a história era entendida como uma alegoria. A primeira vez que doze apóstolos são mencionados é no documento conhecido como "Ensinamentos dos Doze Apóstolos". Este documento aparentemente teve origem num documento sectário Judeu escrito no primeiro século E.C., mas foi adotado pelos Cristãos, que o alteraram substancialmente e adicionaram-lhe idéias Cristãs. Nas primeiras versões é claro que os "doze apóstolos" são os doze filhos de Jacob representando as doze tribos de Israel. Os Cristãos, mais tarde, consideraram os "doze apóstolos" como sendo alegóricos discípulos de Jesus. Na mitologia egípcia, Osíris foi traído na sua última ceia pelo deus diabólico Set, que os Gregos identificavam como Typhon. Esta parece ser a origem da idéia de que o traidor de Jesus estava presente na sua última ceia. A idéia de que este traidor se chamava "Judas" vem do tempo em que os doze apóstolos eram ainda entendidos como sendo os filhos de Jacob. A idéia de Judas (= Judah, Yehudah) traindo Jesus (o "filho" de José) é uma forte reminiscência da história do José da Torá sendo traído pelos seus irmãos com Yehudah como líder da traição. Esta alegoria seria particularmente apelativa para os Samaritanos Notzrim, que se consideravam filhos de José, traídos pelos Judeus ortodoxos (representados por Judas/Yehuda). No entanto, a história dos doze apóstolos perdeu a sua interpretação alegórica original, e os Cristãos começaram a pensar que os "doze apóstolos" eram doze pessoas reais que seguiram Jesus. Os Cristãos tentaram encontrar nomes para estes doze apóstolos. Mateus e Tadeu foram baseados em Mattai e Todah, dois dos discípulos de Yeshu. Um ou os dois apóstolos chamados Jacobus (Tiago) é possivelmente baseado no Jacob de Kfar Sekanya, um primitivo Cristão conhecido do rabi Eliezer ben Hyrcanus, mas isto é apenas uma suposição. Como já vimos, a personagem de Judas é majoritariamente baseado no Judah da Torá, mas poderá haver também uma ligação com um contemporâneo de Yeshu, Yehuda ben Tabbai, o discípulo do Rabi Yehoshua ben Perachyah. Como já foi mencionado, a idéia do traidor na última ceia é derivada da mitologia de Osíris, que foi traído por Set-Typhon. Set-Typhon tinha cabelo ruivo, e esta é provavelmente a origem da afirmação de que Judas tinha o cabelo ruivo. Esta idéia levou ao retrato estereotipo Cristão de que os Judeus têm cabelo ruivo, não obstante o fato de que, na realidade, o cabelo ruivo é de longe mais comum entre Arianos do que entre Judeus. O apelido "Iscariotes" é muitas vezes atribuído a Judas. Em algumas partes onde os Novos Testamentos Ingleses têm "Iscariotes", o texto Grego realmente tem "apo Kariotou", que significa "de Karyot". Karyot era o nome de uma cidade em Israel, provavelmente o moderno lugar conhecido em árabe como Karyatein. Portanto, vê-se que o nome Iscariotes é derivado do Hebreu "ish Karyot", que significa "homem de Karyot". Isto é, com efeito, a compreensão aceita hoje em dia, pelos Cristãos, do nome. No entanto, no passado, os Cristãos entendiam mal este nome, e nasceram lendas de que Judas era da cidade de Sychar, que ele era um membro do partido extremista conhecido como Sicarii, e que ele era da tribo de Issacar. O mais interessante mal entendimento do nome é a sua primitiva confusão com a palavra scortea, que significa uma bolsa de couro. Isto levou ao mito do Novo Testamento de que Judas carregava uma tal bolsa, o que por sua vez levou à crença de que ele era o tesoureiro dos apóstolos.

As datações.
É de notar que muitas das datas para Jesus citadas pelos Cristãos são completamente absurdas. Jesus bíblico foi em parte baseado em Yeshu. O fato que contribuiu para a datação confusa de Jesus foi que Jacob de Kfar Sekanya e provavelmente também outros Notzrim usavam expressões como "assim fui ensinado por Yeshu ha-Notzri", apesar dele não ter sido ensinado por Yeshu em pessoa. Sabemos da Guemará que o testemunho de Jacob levou o Rabi Eliezer ben Hyrcanus a incorretamente concluir que Jacob era um discípulo de Yeshu. Isto sugere que havia rabis que não sabiam que Yeshu tinha vivido nos tempos Asmoneus. Mesmo depois dos Cristãos situarem o Jesus bíblico no primeiro século E.C., a confusão continuou entre os não-Cristãos. Houve um contemporâneo do Rabi Akiva chamado Pappus ben Yehuda que costumava trancar a sua esposa infiel. Sabemos da Guemará que algumas pessoas confundiam Yeshu e ben Stada e confundiam a mulher de Pappus com Míriam, mãe de Yeshu. Isto iria situar Yeshu mais de dois séculos depois do que ele atualmente viveu! A história do Novo Testamento confunde tantos períodos históricos que não há maneira de a reconciliar com a História. O ano tradicional do nascimento de Jesus é 1 E.C. Era suposto que o Jesus bíblico não ter mais de dois anos de idade quando Herodes ordenou a matança dos inocentes. No entanto, Herodes morreu antes de 12 de Abril do ano 4 A.E.C.. Isto levou alguns Cristãos a redatarem o nascimento do Jesus bíblico entre 6 – 4 A.E.C.. No entanto, este Jesus era também suposto ter nascido durante o censo de Quirinos. Este censo teve lugar depois de Arquelau ter sido deposto em 6 E.C., dez anos depois da morte de Herodes. Era suposto este Jesus ter sido batizado por João logo depois de João ter começado a batizar e a pregar, no décimo quinto ano do reinado de Tibério, i.e., 28 – 29 E.C., quando Pôncio Pilatos foi governador da Judeia, i.e., 26 – 36 E.C. De acordo com o Novo Testamento, isto também aconteceu quando Lysanias foi tetrarca de Abilene e Anás e Caifás eram sumos sacerdotes. Mas Lysanias governou Abilene de c. 40 A.E.C. até ser executado em 36 A.E.C. por Marco António, cerca de 60 anos antes da data para Tibério, e cerca de 30 anos antes do suposto nascimento deste Jesus! Além do mais, nunca houve dois sumos sacerdotes juntos, em particular, Anás não foi sumo sacerdote juntamente com Caifás. Anás foi retirado do ofício de sumo sacerdote em 15 E.C., depois de deter o ofício por alguns nove anos. Caifás só se tornou sumo sacerdote em 18 E.C., cerca de três anos depois de Anás (ele deteve este ofício durante cerca de 18 anos, e assim as suas datas são consistentes com Tibério e Pôncio Pilatos, mas não com Anás ou Lysanias.) Apesar dos Atos dos Apóstolos apresentarem Yehuda da Galileia, Theudas e Jesus como três pessoas diferentes, situa incorretamente Theudas (crucificado no ano 44 E.C.) antes de Yehuda, que menciona corretamente como tendo sido crucificado durante o censo (6 E.C.) Muitos destes absurdos cronológicos parecem ser baseados em leituras mal interpretadas e mal entendimentos do livro de Flávios Josefos "Antiguidades Judaicas", que foi usado como referência pelo autor do Evangelho segundo S. Lucas e dos Atos dos Apóstolos.

O julgamento.
A história do julgamento de Jesus é também altamente suspeita. Tenta claramente aplacar os Romanos enquanto difama os Judeus. O Pôncio Pilatos histórico era arrogante e déspota. Ele odiava os Judeus e nunca delegou nenhuma autoridade neles. No entanto, na mitologia Cristã, ele é retratado como um governante preocupado que se distancia das acusações contra Jesus e que foi forçado a obedecer às pretensões dos Judeus. De acordo com a mitologia Cristã, em cada Passagem os Judeus pediriam a Pilatos para libertar um qualquer criminoso que eles escolhessem. Isto é, claro, uma mentira espalhafatosa. Nós Judeus nunca tivemos o costume de libertar criminosos culpados em Pessach ou em qualquer outra época do ano. De acordo com o mito, Pilatos deu aos Judeus a chance de libertar Jesus, o Cristo, ou um assassino chamado Jesus Barrabás. Os Judeus são supostos ter entusiasticamente escolhido Jesus Barrabás. Esta história é uma malévola mentira anti-semita, uma das muitas mentiras semelhantes encontradas no Novo Testamento (majoritariamente escrito por anti-semitas.) O que é particularmente odioso nesta história sem sentido é que é aparentemente uma distorção de uma história mais antiga que clamava que os Judeus tinham pedido para Jesus Cristo ser liberto. O nome "Barrabás" é simplesmente a forma Grega do Aramaico "bar Abba", que significa "filho do Pai". Assim, "Jesus Barrabás" originalmente significava "Jesus o filho do Pai", em outras palavras o usual Jesus Cristão. Quando a história antiga clamava que os Judeus queriam que Jesus Barrabás fosse solto, estava a referir-se ao Jesus usual. Alguém distorceu a história afirmando que Jesus Barrabás era uma pessoa diferente de Jesus Cristo e isto enganou os Cristãos Romanos e Gregos, que não sabiam o significado do nome "Barrabás". 
Rav. Itzhak Levy.


O Natal
A maior parte das denominações Cristãs afirma que Jesus nasceu a 25 de Dezembro. Originalmente, os Cristãos orientais acreditavam que ele tinha nascido a 6 de Janeiro. Os Cristãos armênios ainda seguem esta primitiva crença enquanto que muitos Cristãos consideram que essa é a data da visita dos Magos. Nós sabemos que muitos dos relatos a respeito de Yeshu foram adaptações ou Yeshu foi provavelmente confundido com Tammuz, nascido da virgem Myrrha. Sabe-se que nos templos romanos os deuses Tammuz, Aion e Osíris eram identificados por certas particularidades por exemplo: “dizia-se que Osíris-Aion tinha nascido da virgem Geb a 6 de Janeiro, e isto explica a data primitiva para o Natal. Geb era, às vezes, representada como uma vaca sagrada e o seu templo era um estábulo, que é provavelmente a origem da crença Cristã de que Jesus nasceu num estábulo”. È claro que estou colocando uma analogia do nascimento do Jesus bíblico e não de Yeshu. Outro fator intrigante do nascimento do Jesus bíblico e a data de 25 de Dezembro para o Natal atual era originalmente a data pagã do aniversário do deus sol, Mitras, cujo dia da semana é ainda conhecido como o dia do sol que era chamado de domingo, “talvez seja por este motivo que a igreja católica mudou o dia sagrado do sábado para o domingo”. O halo de luz que é usualmente mostrado à volta da face das imagens católicas de Jesus e dos santos desta igreja é outro conceito tirado do deus sol. Em face de tantas coincidência da história do Jesus bíblico com as histórias de deuses pagãos, outro tema é a da tentação de Jesus por Satã, em particular, parece-se com a tentação de Osíris pelo deus diabólico Set na mitologia egípcia. Mas quanto o nascimento verdadeiro de Yeshu, teríamos de avaliar algumas circunstâncias históricas, e isso teremos de recorrer as escrituras. Por exemplo o evangelho de S. Mateus no capítulo 2:2 relata que os magos que na verdade eram astrólogos da babilônia, único local que se sabia da existência de um messias judeu como também um dos maiores centros de astrologia e astronomia da época, relatam uma determinada estrela do oriente, na verdade está estrela seria o planeta Jupter na constelação de Áries, o que seria isto Jupter representa o nascimento de um rei e áries a representação de Israel, só que tal estrela apareceu no dia 17 de abril de 150 A.E.C que no calendário judaico seria 14 de nissam de 3.610 data exata do nascimento de Yeshu Ha Notzri, homem de origem real da descendência de David, e justamente no período real do recenseamento do governo de Quentiro e não Quirino como o evangelho de S. Lucas fala em 2:2 o dia 14 de Nissam realmente teria algum significado par tal nascimento caso ele fosse o Mashiach, por exemplo: 25 de dezembro seria o mês de Kislev no calendário judaico e é totalmente inverno e não teria possibilidade nenhuma de haver pastores cuidando de suas ovelhas no campo ao contrário de Nissam que é o mês da primavera onde os pastores levam pois levam até hoje na terra de Israel, para pastorear e cruzarem. Alem do mais o dia 14 de Nissam é Erev Pessach(véspera da páscoa judaica). 



Quanto a Crucificação!

Num dos primeiros documentos Cristãos (os "Ensinamento dos Doze Apóstolos"), não há menção do Jesus bíblico ter sido crucificado. O fator que contribuiu para a história da crucificação é, outra vez, a mitologia pagã. O tema de uma divindade ou semi-divindade sendo sacrificada contra uma árvore, poste ou cruz, e depois ressuscitando, é muito comum na mitologia pagã. Foi encontrado nas mitologias de todas as civilizações ocidentais, estendendo-se desde um extremo oeste como a Irlanda até um extremo este como a Índia. Em particular, é encontrado nas mitologias de Osíris e Attis, ambos os quais eram muitas vezes identificados com Tammuz. Osíris acabou com os seus braços esticados numa árvore tal como o Jesus bíblico na cruz. Esta árvore era, às vezes, mostrada como um poste com dois braços esticados – o mesmo aspecto da cruz Cristã. Na adoração de Serapis (uma composição de Osíris e Apis), a cruz era um símbolo religioso. De fato, o símbolo da "cruz Latina" Cristã parece ser baseado diretamente no símbolo da cruz de Osíris e Serapis. Os Romanos nunca usaram esta cruz tradicional Cristã para as crucificações, eles usavam cruzes com a forma de um X ou de um T. O hieróglifo de uma cruz numa colina era associada a Osíris. Este hieróglifo representava o "Good One", em Grego "Chrestos", um nome aplicado a Osíris e outros deuses pagãos. A confusão deste nome com "Christos" (= Messias, Cristo) reforçou a confusão entre Jesus bíblico e os deuses pagãos. No equinócio da Primavera, os pagãos do norte de Israel celebravam a morte e ressurreição de Tammuz-Osíris, nascido de uma virgem. Na Ásia Menor (onde as primeiras igrejas Cristãs se estabeleceram), uma celebração similar era feita para Attis, também nascido de uma virgem. Attis era mostrado como morrendo contra uma árvore, sendo enterrado numa gruta e depois ressuscitando ao terceiro dia. Na adoração de Baal, acreditava-se que Baal tinha enganado Mavet (o deus da morte) no equinócio da Primavera. Ele fez-se passar por morto e depois apareceu vivo. Ele teve sucesso neste ardil dando o seu único filho como sacrifício. 

A ultima ceia

No Judaísmo, o matza não é usado para representar o corpo de um deus, mas o pão de homem pobre que os nossos antepassados comeram antes de sair do Egito. Nós Judeus contamos como o mal'ach ha-mavet (o anjo da morte) matou os filhos varões dos Egípcios. O ovo no sêder representa o renascimento do povo Judeu ao escapar do cativeiro no Egito. Quando os primeiros Cristãos se deram conta dos símbolos judaicos da ultima ceia eles deram a volta completa e converteram os costumes do sêder de Pessach para suas interpretações católicas. O sêder tornou-se a última ceia de Jesus, similar à última ceia de Osíris, comemorada no equinócio da Primavera. O matza e o vinho tornaram-se no corpo e sangue de Jesus. Os ovos da Páscoa são comidos para comemorar a ressurreição de um "deus" e também o "renascimento" obtido pela aceitação do seu sacrifício na cruz. Na história Cristã, Jesus está presente com doze apóstolos. 

De onde é que a história dos doze apóstolos veio? 

Parece que na primeira versão a história era entendida como uma alegoria. A primeira vez que doze apóstolos são mencionados é no documento conhecido como "Ensinamentos dos Doze Apóstolos". Este documento aparentemente teve origem num documento sectário Judeu escrito no primeiro século E.C., mas foi adotado pelos Cristãos, que o alteraram substancialmente e adicionaram-lhe idéias Cristãs. Nas primeiras versões é claro que os "doze apóstolos" são os doze filhos de Jacob representando as doze tribos de Israel. Os Cristãos, mais tarde, consideraram os "doze apóstolos" como sendo alegóricos discípulos de Jesus. Na mitologia egípcia, Osíris foi traído na sua última ceia pelo deus diabólico Set, que os Gregos identificavam como Typhon. Esta parece ser a origem da idéia de que o traidor de Jesus estava presente na sua última ceia. A idéia de que este traidor se chamava "Judas" vem do tempo em que os doze apóstolos eram ainda entendidos como sendo os filhos de Jacob. A idéia de Judas (= Judah, Yehudah) traindo Jesus (o "filho" de José) é uma forte reminiscência da história do José da Torá sendo traído pelos seus irmãos com Yehudah como líder da traição. Esta alegoria seria particularmente apelativa para os Samaritanos Notzrim, que se consideravam filhos de José, traídos pelos Judeus ortodoxos (representados por Judas/Yehuda). No entanto, a história dos doze apóstolos perdeu a sua interpretação alegórica original, e os Cristãos começaram a pensar que os "doze apóstolos" eram doze pessoas reais que seguiram Jesus. Os Cristãos tentaram encontrar nomes para estes doze apóstolos. Mateus e Tadeu foram baseados em Mattai e Todah, dois dos discípulos de Yeshu. Um ou os dois apóstolos chamados Jacobus (Tiago) é possivelmente baseado no Jacob de Kfar Sekanya, um primitivo Cristão conhecido do rabi Eliezer ben Hyrcanus, mas isto é apenas uma suposição. Como já vimos, a personagem de Judas é majoritariamente baseado no Judah da Torá, mas poderá haver também uma ligação com um contemporâneo de Yeshu, Yehuda ben Tabbai, o discípulo do Rabi Yehoshua ben Perachyah. Como já foi mencionado, a idéia do traidor na última ceia é derivada da mitologia de Osíris, que foi traído por Set-Typhon. Set-Typhon tinha cabelo ruivo, e esta é provavelmente a origem da afirmação de que Judas tinha o cabelo ruivo. Esta idéia levou ao retrato estereotipo Cristão de que os Judeus têm cabelo ruivo, não obstante o fato de que, na realidade, o cabelo ruivo é de longe mais comum entre Arianos do que entre Judeus. O apelido "Iscariotes" é muitas vezes atribuído a Judas. Em algumas partes onde os Novos Testamentos Ingleses têm "Iscariotes", o texto Grego realmente tem "apo Kariotou", que significa "de Karyot". Karyot era o nome de uma cidade em Israel, provavelmente o moderno lugar conhecido em árabe como Karyatein. Portanto, vê-se que o nome Iscariotes é derivado do Hebreu "ish Karyot", que significa "homem de Karyot". Isto é, com efeito, a compreensão aceita hoje em dia, pelos Cristãos, do nome. No entanto, no passado, os Cristãos entendiam mal este nome, e nasceram lendas de que Judas era da cidade de Sychar, que ele era um membro do partido extremista conhecido como Sicarii, e que ele era da tribo de Issacar. O mais interessante mal entendimento do nome é a sua primitiva confusão com a palavra scortea, que significa uma bolsa de couro. Isto levou ao mito do Novo Testamento de que Judas carregava uma tal bolsa, o que por sua vez levou à crença de que ele era o tesoureiro dos apóstolos.

As datações.

É de notar que muitas das datas para Jesus citadas pelos Cristãos são completamente absurdas. Jesus bíblico foi em parte baseado em Yeshu. O fato que contribuiu para a datação confusa de Jesus foi que Jacob de Kfar Sekanya e provavelmente também outros Notzrim usavam expressões como "assim fui ensinado por Yeshu ha-Notzri", apesar dele não ter sido ensinado por Yeshu em pessoa. Sabemos da Guemará que o testemunho de Jacob levou o Rabi Eliezer ben Hyrcanus a incorretamente concluir que Jacob era um discípulo de Yeshu. Isto sugere que havia rabis que não sabiam que Yeshu tinha vivido nos tempos Asmoneus. Mesmo depois dos Cristãos situarem o Jesus bíblico no primeiro século E.C., a confusão continuou entre os não-Cristãos. Houve um contemporâneo do Rabi Akiva chamado Pappus ben Yehuda que costumava trancar a sua esposa infiel. Sabemos da Guemará que algumas pessoas confundiam Yeshu e ben Stada e confundiam a mulher de Pappus com Míriam, mãe de Yeshu. Isto iria situar Yeshu mais de dois séculos depois do que ele atualmente viveu! A história do Novo Testamento confunde tantos períodos históricos que não há maneira de a reconciliar com a História. O ano tradicional do nascimento de Jesus é 1 E.C. Era suposto que o Jesus bíblico não ter mais de dois anos de idade quando Herodes ordenou a matança dos inocentes. No entanto, Herodes morreu antes de 12 de Abril do ano 4 A.E.C.. Isto levou alguns Cristãos a redatarem o nascimento do Jesus bíblico entre 6 – 4 A.E.C.. No entanto, este Jesus era também suposto ter nascido durante o censo de Quirinos. Este censo teve lugar depois de Arquelau ter sido deposto em 6 E.C., dez anos depois da morte de Herodes. Era suposto este Jesus ter sido batizado por João logo depois de João ter começado a batizar e a pregar, no décimo quinto ano do reinado de Tibério, i.e., 28 – 29 E.C., quando Pôncio Pilatos foi governador da Judeia, i.e., 26 – 36 E.C. De acordo com o Novo Testamento, isto também aconteceu quando Lysanias foi tetrarca de Abilene e Anás e Caifás eram sumos sacerdotes. Mas Lysanias governou Abilene de c. 40 A.E.C. até ser executado em 36 A.E.C. por Marco António, cerca de 60 anos antes da data para Tibério, e cerca de 30 anos antes do suposto nascimento deste Jesus! Além do mais, nunca houve dois sumos sacerdotes juntos, em particular, Anás não foi sumo sacerdote juntamente com Caifás. Anás foi retirado do ofício de sumo sacerdote em 15 E.C., depois de deter o ofício por alguns nove anos. Caifás só se tornou sumo sacerdote em 18 E.C., cerca de três anos depois de Anás (ele deteve este ofício durante cerca de 18 anos, e assim as suas datas são consistentes com Tibério e Pôncio Pilatos, mas não com Anás ou Lysanias.) Apesar dos Atos dos Apóstolos apresentarem Yehuda da Galileia, Theudas e Jesus como três pessoas diferentes, situa incorretamente Theudas (crucificado no ano 44 E.C.) antes de Yehuda, que menciona corretamente como tendo sido crucificado durante o censo (6 E.C.) Muitos destes absurdos cronológicos parecem ser baseados em leituras mal interpretadas e mal entendimentos do livro de Flávios Josefos "Antiguidades Judaicas", que foi usado como referência pelo autor do Evangelho segundo S. Lucas e dos Atos dos Apóstolos.

O julgamento.

A história do julgamento de Jesus é também altamente suspeita. Tenta claramente aplacar os Romanos enquanto difama os Judeus. O Pôncio Pilatos histórico era arrogante e déspota. Ele odiava os Judeus e nunca delegou nenhuma autoridade neles. No entanto, na mitologia Cristã, ele é retratado como um governante preocupado que se distancia das acusações contra Jesus e que foi forçado a obedecer às pretensões dos Judeus. De acordo com a mitologia Cristã, em cada Passagem os Judeus pediriam a Pilatos para libertar um qualquer criminoso que eles escolhessem. Isto é, claro, uma mentira espalhafatosa. Nós Judeus nunca tivemos o costume de libertar criminosos culpados em Pessach ou em qualquer outra época do ano. De acordo com o mito, Pilatos deu aos Judeus a chance de libertar Jesus, o Cristo, ou um assassino chamado Jesus Barrabás. Os Judeus são supostos ter entusiasticamente escolhido Jesus Barrabás. Esta história é uma malévola mentira anti-semita, uma das muitas mentiras semelhantes encontradas no Novo Testamento (majoritariamente escrito por anti-semitas.) O que é particularmente odioso nesta história sem sentido é que é aparentemente uma distorção de uma história mais antiga que clamava que os Judeus tinham pedido para Jesus Cristo ser liberto. O nome "Barrabás" é simplesmente a forma Grega do Aramaico "bar Abba", que significa "filho do Pai". Assim, "Jesus Barrabás" originalmente significava "Jesus o filho do Pai", em outras palavras o usual Jesus Cristão. Quando a história antiga clamava que os Judeus queriam que Jesus Barrabás fosse solto, estava a referir-se ao Jesus usual. Alguém distorceu a história afirmando que Jesus Barrabás era uma pessoa diferente de Jesus Cristo e isto enganou os Cristãos Romanos e Gregos, que não sabiam o significado do nome "Barrabás". 

Rav. Itzhak Levy.

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