O Verdadeiro Jesus parte 1

O Verdadeiro Jesus.
Yeshu Ha-Notzri

Palavras do papa Leão X: "Quantum nobis prodeste haec fabula Christi"! ("Quanto nos é útil esta FÁBULA de Cristo"!)" A fábula de Cristo é de tal modo lucrativa que seria loucura advertir os ignorantes de seu erro" - Papa Leão X. “Não creria nos Evangelhos, se a isso não me visse obrigado pela autoridade da Igreja”. São palavras de Santo Agostinho. Com sua cultura e inteligência, poderia hoje estar no rol dos que não crêem.

A MAIOR INVENÇÃO DA INDÚSTRIA DA FÉ CATÓLICA

Quando confrontados com um missionário cristão, deve-se imediatamente apontar que a existência deste Jesus bíblico não foi provada. Quando os missionários argumentam, usualmente apelam mais para as emoções do que para a razão, e tentarão que fiques embaraçado ao negares a historicidade deste Jesus. A resposta habitual é qualquer coisa do gênero de "Negar a existência de Jesus não é tão tolo como negar a existência de Júlio César ou da Rainha Isabel?". Uma variação popular desta resposta, usada especialmente contra nós Judeus é "Negar a existência deste Jesus não é como negar o Holocausto?". Deve-se então apontar que há amplas fontes históricas a confirmar a existência de Júlio César, da Rainha Isabel ou de qualquer outro que for nomeado, enquanto que não existe evidência correspondente para Jesus. Para se ser perfeitamente direto, deve-se ter tempo para fazer alguma investigação sobre as personagens históricas mencionadas pelos missionários e apresentar fortes evidências da sua existência. Ao mesmo tempo deve-se desafiar os missionários a mostrar evidência similar da existência deste Jesus. Deve-se apontar que embora a existência de Júlio César ou da Rainha Isabel, etc. seja universalmente aceita, o mesmo já não acontece com este Jesus. No Extremo Oriente, onde as maiores religiões são o Budismo, o Xintoísmo, o Taoísmo e o Confucionismo, este Jesus é considerado como mais uma personagem da mitologia religiosa ocidental, a par com Thor, Zeus e Osíris. A maioria dos Hindus não acredita em neste Jesus, mas os que acreditam consideram que ele é uma das muitas encarnações do deus hindu Vishnu. Os muçulmanos certamente acreditam em Yeshu (Jesus), mas rejeitam a história do Novo Testamento e consideram que ele foi um profeta que anunciou a vinda de Maomé. Eles negam explicitamente que ele tenha sido crucificado. Em resumo, não há uma história deste Jesus que seja uniformemente aceite pelo mundo inteiro. É este fato que põe o verdadeiro Jesus num nível diferente para personalidades históricas estabelecidas. Se os missionários usarem o "argumento Holocausto", deve-se apontar que o Holocausto está bem documentado e que existem numerosos relatos de testemunhas oculares. Deve-se apontar que a maior parte das pessoas que negam o Holocausto eram semeadores de ódio anti-semítico com credenciais fraudulentas. Por outro lado, milhões de gente honesta na Ásia, que fazem a maioria da população mundial, não conseguiram ser convencidos pela história cristã de Jesus na medida que não há nenhuma evidência constrangedora da sua autenticidade. Os missionários insistirão que a história deste Jesus é um fato bem estabelecido e irão argumentar que existem "bastantes evidências que comprovam isso". Se este Jesus do Novo Testamento não foi um personagem histórico, de onde veio toda a história em primeiro lugar? Existia há 150 A.E.C um movimento judeu chamado de Notzrim. Este nome é derivado da palavra hebraica neitzer, que significa broto ou rebento – um claro símbolo Messiânico. Já havia pessoas chamadas Notzrim no tempo do Rabi Yehoshua Ben Perachyah (c. 100 a.C.). Apesar de os modernos Cristãos afirmarem que eles não tem nada haver com tal movimento e que o Cristianismo só começou no primeiro século depois de Cristo, é claro que não havia nenhum cristianismo no primeiro século em Israel e sim o movimento Notzri, que existia à cerca de 150 anos. Um dos mais notáveis Notzrim foi Yehoshua Ben Pandeira, também conhecido como Yeshu ha-Notzri. Os estudiosos do Talmud sempre mantiveram que a história de Jesus começou com Yeshu. O nome Hebreu para Jesus sempre foi Yeshu, e o Hebreu para "Jesus de Nazaré" sempre foi "Yeshu ha-Notzri" (o nome Yeshu é um diminutivo do nome Yehoshua, pois o mesmo foi aluno de Yehoshua Ben Perachyah e o mesmo não poderia se apresentar com o mesmo nome de seu mestre.) É importante notar que Yeshu ha-Notzri deixa de ser o Jesus histórico, uma vez que o Cristianismo moderno nega alguma conexão entre Jesus e Yeshu e, além do mais, partes do mito de Jesus são baseadas em outras personagens históricas além de Yeshu. Tudo que termos de Yeshu ha-Notzri são baseados em informação retirada do Tosefta e do Baraitas – escritos feitos ao mesmo tempo das Mishnot, mas não contidos neste. Porque a informação histórica respeitante a Yeshu é tão danosa para o cristianismo, muitos autores Cristãos tentaram desacreditar esta informação e inventaram muitos argumentos engenhosos para a explicarem. Muitos dos seus argumentos são baseados em mal entendidos e citações errôneas do Baraitas, e para se ter uma imagem exata de Yeshu devem-se ignorar os autores cristãos e examinar o Baraitas diretamente. A insuficiente informação contida no Baraitas é a seguinte: o Rabi Yehoshua Ben Perachyah, num dado momento, repeliu seu aluno Yeshu. As pessoas pensavam que Yeshu era um feiticeiro, considerando que ele tinha levado os Judeus a encararem o judaísmo de uma forma mais espiritual e não mecânica. Como resultado de acusações feitas contra ele. Yeshu foi condenado a morte por um tribunal corrupto que seguia as instruções do governo de Roma e foi morto no período da Páscoa Judaica. Antes disto, ele foi exibido durante 40 dias com um arauto que ia à sua frente anunciando que ele iria ser morto e chamando por gente para avançar e o defenderem e isto não aconteceu devido o interesse pessoal de Roma. Todavia, nada foi trazido em seu favor. Yeshu tinha cinco discípulos: Mattai, Naqai, Neitzer, Buni e Todah. No Tosefta e no Baraitas, o nome do pai de Yeshu é Pandeira ou Panteiri. Estes são formas Hebreu-Aramaicas de um nome Grego. Em Hebreu, a terceira consoante do nome é escrito quer com um dalet, quer com um tet. Comparando com outras palavras Gregas transliteradas para Hebreu mostra que o original Grego devia ter tido um delta como sua terceira consoante, e assim a única possibilidade para o nome Grego do pai é Panderos. Como os nomes Gregos eram comuns entre os Judeus durante a época dos Macabeus, não é necessário assumir que ele era Grego, como alguns autores fizeram. A relação entre Yeshu e Jesus é corroborada pelo fato de que Mattai e Todah, os nomes de dois dos discípulos de Yeshu, serem as formas originais hebraicas de Mateus e Tadeu, nomes de dois dos discípulos de Jesus na religião cristã. Os primeiros cristãos estavam também cientes do nome "Ben Pandeira" para Jesus. O filósofo pagão Celso, que foi famoso pelos seus argumentos contra o Cristianismo, reivindicou em 178 E.C. que tinha ouvido a um Judeu que a mãe de Jesus, Miriam, se tinha divorciado do seu marido, um carpinteiro, depois de se ter provado que ela era uma adúltera. Ela vagueou em vergonha e deu à luz Jesus em segredo. O seu verdadeiro pai era um soldado chamado Pantheras. De acordo com o escritor Cristão Epifânio (c. 315 – 403 d.C.), o apologista Cristão Orígenes (c. 185 – 254 d.C) tinha afirmado que "Panther" era o apelido de Jacob, o pai de José, o padrasto de Jesus. É de notar que a afirmação de Orígenes não é baseada em nenhuma informação histórica. É puramente uma conjectura cujo objetivo era explicar a história de Pantheras de Celso. Essa história é também não histórica. A reivindicação de que o nome da mãe de Jesus era Mirian e a pretensão de que o seu marido era um carpinteiro é tirada diretamente das crenças Cristãs. A afirmação de que o pai verdadeiro de Jesus se chamava Pantheras é baseada numa tentativa incorreta de reconstruir a forma original de Pandeira. Esta reconstrução incorreta foi provavelmente influenciada pelo fato de o nome Pantheras ser encontrado entre os soldados Romanos. Porque é que as pessoas acreditavam que a mãe de Jesus se chamava Mirian e o seu marido se chamava José? Porque é que os não cristãos acusavam Mirian de ser uma adúltera enquanto que os cristãos acreditavam que ela era virgem? Para responder a essas questões ter-se-á de examinar algumas das lendas à volta de Yeshu. Não se pode esperar obter a verdade absoluta sobre as origens do mito de Jesus, mas podemos mostrar que existem alternativas razoáveis para a aceitação cega do Novo Testamento. O nome José para o nome do padrasto de Jesus é fácil de explicar. O movimento Notzri era particularmente popular entre os Judeus Samaritanos. Enquanto que os Fariseus estavam à espera de um Messias que seria um descendente de David, os Samaritanos queriam um Messias que viesse restaurar o reino norte de Israel. Os Samaritanos enfatizavam a sua descendência parcial das tribos de Efraim e Manasses, que descendiam do José da Tora. Os Samaritanos consideravam-se como sendo "Bnei Yossef", i.e., "filhos de José", e como acreditavam que Jesus tinha sido o seu Messias, teriam assumido que era um "filho de José". A população de língua Grega, que tinha pouco conhecimento de Hebreu e das verdadeiras tradições Judaicas, poderia facilmente ter mal entendido este termo e presumir que José era o nome verdadeiro do pai de Jesus. Esta conjectura é corroborada pelo fato que de acordo com o Evangelho segundo S. Mateus, o pai de José se chama Jacob, tal como o do José da Tora. Mais tarde, outros Cristãos que seguiam a idéia de que o Messias seria um descendente de David, tentaram seguir o curso de José até David. Chegaram a duas genealogias contraditórias para ele, uma registrada no Evangelho segundo S. Mateus e a outra no Evangelho segundo S. Lucas. Quando a idéia de que Maria era virgem desenvolveu, o mítico José foi relegado para a posição de ser simplesmente o seu marido e o padrasto de Jesus. Para se perceber de onde a história de Maria veio, teremos que nos virar para outra personagem histórica que contribuiu para o mito de Jesus, e que é Ben Stada. Toda a informação que temos sobre Ben Stada advém novamente do Tosefta e do Baraitas. Há ainda menos informação sobre ele do que sobre Yeshu. Algumas pessoas acreditavam que ele tinha trazido encantamentos do Egito num corte da sua carne, outros pensavam que ele era um louco. Ele era um trapaceiro e foi apanhado pelo método da testemunha escondida, sendo apedrejado em Lod. No Tosefta, Ben Stada é chamado Ben Sotera ou Ben Sitera. Sotera parece ser a forma Hebreu-Aramaica do nome Grego Soteros. As formas "Sitera" e "Stada" parecem ter surgido como más interpretações e erros de soletração ( yud substituindo vav e o dalet a substituir reish ). Como havia tão pouca informação acerca de Ben Stada, muitas conjecturas surgiram sobre quem ele era. É conhecido da Guemará que ele era confundido com Yeshu. Isto provavelmente resultou do fato de que ambos foram executados por ensinamentos traidores e estarem associados à feitiçaria. As pessoas que confundiam Ben Stada com Yeshu tiveram que explicar o porquê dele também ser chamado Ben Pandeira. Como o nome "Stada" se parece com a expressão aramaica "stat da", que significa "ela desencaminhou-se", pensou-se que "Stada" se referia à mãe de Yeshu e que ela era uma adúltera. Conseqüentemente, as pessoas começaram a pensar que Yeshu era o filho ilegítimo de Pandeira. Estas idéias são de fato mencionadas na Guemará e são provavelmente mais antigas. Como Ben Stada viveu nos tempos Romanos e o nome Pandeira se assemelhava com o nome Pantheras encontrado entre os soldados Romanos, assumiu-se que Pandeira tinha sido um soldado Romano estacionado em Israel. Isto certamente explica a história mencionada por Celso. O Tosefta menciona um caso famoso de uma mulher chamada Miriam bat Bilgah que casou com um soldado Romano. A idéia de que Yeshu tinha nascido de uma mulher judia que tinha tido um caso com um soldado Romano provavelmente resultou da confusão entre a mãe de Yeshu e esta Miriam. O nome "Miriam" é, claro, a forma original do nome "Maria". É de fato conhecido através do Guemará que algumas das pessoas que confundiam Yeshu com Ben Stada acreditavam que a mãe de Yeshu era "Miriam, a cabeleireira de mulheres". A história de que Maria (Miriam), mãe de Jesus, era uma adúltera, era certamente não aceitável para os primeiros Cristãos. A história da virgem que deu à luz foi provavelmente inventado para limpar o nome de Maria. Os primeiros Cristãos não inventaram isto do nada. Histórias de virgens que davam à luz eram comuns nos mitos pagãos. As seguintes personagens mitológicas eram tidas como nascidas de virgens fecundadas divinamente: Rômulo e Remo, Perseu, Zoroastro, Mitra, Osíris-Aion, Agdistis, Attis, Tammuz, Adónis, Korybas, Dioniso. As crenças pagãs em uniões entre deuses e mulheres, não considerando se elas eram virgens ou não, é ainda mais comum. Acreditava-se que muitas personagens da mitologia pagã eram filhas de pais divinos e mães humanas. A crença Cristã de que Jesus era o filho de Deus nascido de uma virgem é típica de uma superstição Greco-Romana. O filósofo Judeu Phílon de Alexandria (c. 25 A.E.C. – 50 E.C.), avisou contra a superstição bastante espalhada da crença de uniões entre homens deuses e mulheres humanas que retornavam a mulher a um estado de virgindade. O deus Tammuz, adorado pelos pagãos no norte de Israel, era dado como nascido da virgem Myrrha. O nome Myrrha assemelha-se superficialmente a "Maria/Míriam", e é possível que esta particular história de uma virgem que deu à luz tenha influenciado a história de Maria mais que as outras. Tal como Jesus, Tammuz foi sempre chamado Adon, que significa "Senhor" (A personagem Adónis da mitologia Grega é baseada em Tammuz.) Como veremos mais tarde, a relação entre Jesus e Tammuz vai mais longe que isto. A idéia de que Maria tinha sido uma adúltera nunca desapareceu completamente na mitologia Cristã. Em vez disso, a personagem de Maria foi dividida em duas: Maria, a mãe de Jesus, que se acreditava ser uma virgem, e Maria Madalena, que se acreditava ser uma mulher de má fama. A idéia de que a personagem de Maria Madalena é também derivada de Míriam, a mítica mãe de Yeshu, é corroborado pelo fato de o estranho nome "Madalena" se assemelhar claramente ao termo aramaico "magdala nshaya", que significa "cabeleireira de mulheres". Como se mencionou anteriormente, acreditava-se que a mãe de Yeshu era "Míriam, a cabeleireira de mulheres". Porque os Cristãos não sabiam o que o nome "Madalena" significava, mais tarde conjecturaram que isso significava que ela tinha vindo de um lugar chamado Magdala, a oeste do lago Kinneret. A idéia das duas Marias assentava bem na forma pagã de pensamento. A imagem de Jesus sendo seguido pelas duas Marias lembra bastante Dioniso sendo seguido por Deméter e Perséfone. A Guemará contém um dado  interessante acerca de Yeshu, que tenta ilucidar o Beraitas, que diz que o Rabi Yehoshua ben Perachyah repeliu Yeshu. A história afirma que quando o rei Asmoneu Alexandre Janeus estava a matar os Fariseus, o Rabi Yehoshua e Yeshu fugiram para o Egito. Quando voltaram, chegaram a uma estalagem. A palavra aramaica "aksanya" tanto significa "estalagem" como "estalajadeiro(a)". O Rabi Yehoshua observou o quão bela a "arksanya" era (referindo-se à estalagem.) Yeshu (referindo-se à estalajadeira) replicou que os olhos dela eram muito estreitos. O Rabi Yehoshua zangou-se bastante com Yeishu e excomungou-o. Yeshu pediu que o perdoasse muitas vezes, mas o Rabi Yehoshua não o perdoava. Uma vez, quando o Rabi Yehoshua estava a recitar a Shemá, Yeshu veio ter com ele. O Rabi fez-lhe um sinal de que devia esperar. Yeshu não entendeu e pensou que estava a ser rejeitado novamente. Ele fundou o movimento Notzri. Pode-se então questionar se Yeshu foi realmente ao Egito ou não. É possível que Yeshu tenha sido confundido com algum outro discípulo do Rabi Yehoshua ou do Rabi Yehuda. A confusão pode ter resultado de Yeshu ser confundido com ben Stada, que tinha regressado do Egito. Por outro lado, Yeshu poderia ter mesmo fugido para o Egito e regressado, e isto, por seu turno, poderia ter contribuído para a confusão entre Yeshu e ben Stada. Qualquer que seja o caso, a crença que Yeshu tenha fugido para o Egito para escapar à matança de um rei cruel parece ser a origem da crença Cristã de que Jesus e a sua família fugiram para o Egito para escapar ao Rei Herodes. Como os primeiros Cristãos acreditavam que Jesus tinha vivido nos tempos Romanos é natural que tenham confundido o rei cruel que tinha querido matar Jesus com Herodes, pois não havia outros reis cruéis adequados durante o período Romano. Yeshu era adulto no tempo em que os Rabis fugiram de Alexandre Janeus; porque é que os Cristãos acreditavam que Jesus e a sua família tinham fugido para o Egito quando Jesus era infante? Porque é que os Cristãos acreditavam que o rei Herodes tinha ordenado que todos os bebês nascidos em Belém fossem mortos, quando não há evidência histórica disso? Para responder a estas questões temos novamente que recorrer à mitologia pagã. O tema de uma criança divina ou semidivina que é temida por um rei cruel é muito comum na mitologia pagã. A história usual é que o rei cruel recebe uma profecia de que uma certa criança vai nascer e vai usurpar o trono. Em algumas histórias a criança é nascida de uma virgem e usualmente é filho de um deus. A mãe da criança tenta escondê-lo. O rei normalmente ordena a matança de todos os bebês que possam ser o profetizado rei. Exemplos de mitos que seguem este enredo são as histórias de nascimento de Rômulo e Remo, Perseu, Krishna, Zeus e Édipo. O mito Cristão da matança dos inocentes por Herodes é simplesmente uma versão Cristã deste tema. Os primeiros cristãos acreditavam que o Messias iria nascer em Belém. Esta crença é baseada numa má interpretação de Miquéias 5:2, que simplesmente nomeia Belém como a cidade onde o Rei David nasceu e como o Messias judaico é o gigul de David – Ezequiel 34:22-24 e como os primeiros cristãos acreditavam que Jesus era o Messias, eles automaticamente acreditaram que ele tinha nascido em Belém. Mas porque é que os Cristãos acreditavam que ele tinha vivido em Nazaré? A resposta é bem simples. Os primeiros cristãos de língua grega não sabiam o que a palavra "Nazareno" significava. A forma primitiva Grega desta palavra é "Nazoraios", que deriva de "Natzoriya", o equivalente aramaico do Hebreu "Notzri" (lembre-se que "Yeshu ha-Notzri" é o original Hebreu para "Jesus, o Nazareno".) Os primeiros Cristãos conjecturaram que "Nazareno" significava uma pessoa de Nazaré, e assim assumiu-se que Jesus tinha vivido em Nazaré. Ainda hoje, os cristãos alegremente confundem as palavras hebraicas "Notzri" (Nazareno, Cristão), "Natzrati" (Nazareno, natural de Nazaré) e "nazir" (nazarite), todas as quais têm significados completamente diferentes.A informação no Talmud (que contém o Baraitas e o Guemará) acerca de Yeshu e ben Stada é tão danosa para o Cristianismo que os Cristãos sempre tomaram medidas drásticas contra ela. Quando os Cristãos primeiro descobriram a informação, tentaram imediatamente apagá-la censurando o Talmud. A edição de Basileia do Talmud (c. 1578 – 1580) tinha todas as passagens relacionadas com Yeshu e ben Stada apagadas pelos Cristãos. Ainda hoje, as edições do Talmud usadas pelos escolares Cristãos não têm estas passagens! Durante as primeiras décadas deste século, ferozes batalhas acadêmicas irromperam violentamente entre escolares Cristãos e Ateus acerca das verdadeiras origens do Cristianismo. Os Cristãos foram forçados a enfrentarem a evidência Talmudica. Não podiam ignorar mais isso e assim, em vez disso, decidiram atacá-lo. Afirmaram que o Yeshu Talmudico era uma distorção do "Jesus histórico". Afirmaram que o nome "Pandeira" era simplesmente uma tentativa hebraica para pronunciar a palavra Grega para virgem – "parthenos". Apesar de haver uma parecença superficial entre as palavras, temos de notar que para "Pandeira" derivar de "parthenos", o "n" e o "r" têm de trocar de posições. No entanto, os Judeus não sofriam de nenhum impedimento linguístico que causasse isto! A resposta Cristã é que possivelmente os Judeus alteram propositadamente a palavra "parthenos" para os nomes "Pantheras" (encontrado na história de Celso) ou para "pantheros", que significa pantera, e "Pandeira" é derivado da palavra deliberadamente alterada. Este argumento também falha, pois a terceira consoante da palavra "parthenos" alterada e inalterada é theta. Esta letra é sempre transliterada pela letra hebraica tav, cuja pronunciação durante os tempos clássicos muito se assemelhava a essa letra Grega. Contudo, o nome "Pandeira" nunca é soletrado com um tav, mas com um dalet ou um tet, o que mostra que a forma original Grega tinha um delta como sua terceira consoante, e não um theta. O argumento Cristão pode-se também voltar contra si: talvez os Cristãos deliberadamente alterassem "Pantheras" para "parthenos" quando inventaram a história da virgem que deu à luz, pois em Isaias 7:14 o profeta usou o termo em hebraico de Almah uma jovem mulher  e não Betulah que significa simplesmente virgem. Também é de notar que a semelhança entre "Pantheras" (ou "pantheros") é muito menor quando escrita em Grego, pois na formação original Grega as suas segundas vogais são completamente diferentes.Os Cristãos também não aceitaram que Maria Madalena estivesse ligada a Miriam, a alegada mãe de Yeshu no Talmud. Eles argumentaram que o nome "Madalena" significa uma pessoa de Magdala e que os Judeus inventaram "Miriam, a cabeleireira de mulheres" (mgdala nshaya) ou para zombar dos Cristãos, ou porque eles próprios se equivocaram quanto ao nome "Magdalena". Este argumento também é falso. Primeiramente, ignora a gramática Grega: o Grego correcto para "de Magdala" é "Magdales", e o Grego correto para uma pessoa de Magdala é "Magdalaios". A raiz Grega original para "Magdalena" é "Magdalen-", com um "n" distinto mostrando que a palavra não tem nada a ver com Magdala. Em segundo lugar, Magdala só obteve o seu nome após os Evangelhos terem sido escritos. Antes disso era chamada Magadan ou Dalmanutha (apesar de "Magadan" ter um "n", falta-lhe o "l", e portanto não pode ser a derivação de "Magdalena".) De fato, a comunidade Cristã alterou o nome para Magdala às ruínas desta área porque acreditavam que Maria Magdalena tinha vindo de lá.Os Cristãos também afirmam que a palavra "Notzri" significa uma pessoa de Nazaré. Isto é, claro, falso, pois a palavra hebraica para Nazaré é "Natzrat" e uma pessoa de Nazaré é uma "Natzrati". O nome "Notzri" não tem a letra tav de "Natzrat", e assim não pode derivar daí. Os Cristãos argumentam que talvez o nome aramaico para Nazaré fosse "Natzarah" ou "Natzirah" (como o moderno nome árabe), o que explica o tav que falta em "Notzri". Isto também não tem senso pois a palavra aramaica para alguém da Nazaré seria "Natzaratiya" ou "Natziratyia" (com um tav, pois a terminação feminina "-ah" tornar-se-ia "-at-" quando o sufixo "-yia" é adicionado), e além do mais, a forma aramaica não seria usada em Hebreu. Os Cristãos também apareceram com outros argumentos variados que podem ser desmascarados uma vez que eles confundem as palavras hebraicas "Notzri" e "nazir", ou ignoram o fato de que "Notzri" é a primitiva forma da palavra "Nazareno".Para resumir, todos os argumentos Cristãos foram baseados em mudanças fonéticas e formas gramaticais impossíveis, e foram, consequentemente, desmistificadas. Além do mais, apesar das lendas na Guemará não possam ser tidas como fatos, a evidência no Baraitas e no Tosefta respeitante a Yeshu pode levar-nos atrás diretamente até Yehoshua ben Perachyah, Shimon ben Shetach e Yehuda ben Tabbai, enquanto que a evidência no Baraitas e no Tosefta respeitante a ben Stada leva-nos até ao Rabi Eliezer ben Hyrcanus e seus discípulos, que foram contemporâneos de ben Stada. Conseqüentemente, esta evidência pode ser encarada como historicamente certa. Por esta razão os Cristãos modernos não mais atacam o Talmud, mas em vez disso negam qualquer relação entre Jesus e Yeshu ou ben Stada. Eles desmistificam as similaridades como puras coincidências. No entanto, ainda tem de se estar atento aos falsos ataques contra o Talmud pois muitos livros Cristãos ainda os mencionam e podem ressurgir de tempos em tempos. Muitas partes da história de Jesus não são baseadas em Yeshu ou ben Stada. Concluindo está primeira parte sabemos hoje que Yeshu que mais tarde foi acrescentado em seu nome um a dando a forma de Yeshuah na verdade não foi filho de um adultério mas sim da família real de Israel da descendência do Rei David e muito sábio e rico, porém humilde que causou uma revolução dentro do povo judeu e que ameaçou o Império Romano e deveria se destruído, sua ligação com Ben Stada não existe e nuca existiu, infelizmente alguns que pegam o talmud não conseguem interpreta-lo corretamente. 

Rav. Itzhak Levy Cohen

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